segunda-feira, 4 de maio de 2015

Quase Democracia é Quase Ditadura



            Nos últimos tempos, nos transformamos mesmo em “quase” tudo de ruim. Considerando a margem de erro clássica de “para mais e para menos” que até já virou até piada nas redes, o país do partidão acabou com nossas esperanças de sermos “The Champions” em qualquer coisa de bom valor mensurável nos padrões mundiais.

            Perdemos posições no ranking de quase todos os padrões. Mas para citar alguns verdadeiramente importantes: o PIB, que em 37 posições avaliadas ficou na trigésima sexta (em 2014);  o ranking de educação nos levou à posição 38 de 40; o ranking internacional de competitividade, em que caímos para a posição 57 e etc . Estranhamente, nesse último caso,  conseguimos com esse governo, ficar atrás de países como Costa Rica, Panamá e África do Sul.

            Ainda mais curioso, é saber que o governo PT investiu através de empréstimos, US$ 152,8 milhões,  só numa via rodoviária no Panamá.. enquanto éramos batidos pelos panamenhos nesse ranking de competitividade. Somos ricos , não é?

            Então me debato no meu raciocínio simplório (de que uma unidade é uma parte de um todo) e trago tudo para a lógica básica da economia doméstica simples, a fim de que eu mesma consiga compreender o significado disso tudo.
            De onde vem todo esse dinheiro que não conseguiu nos colocar em 1º lugar em coisa alguma no mundo, mas financia obras que alavancam boas posições de outros países? É como se perguntar em casa, como podemos financiar uma piscina no vizinho, enquanto nossa situação não nos garante ao menos que tenhamos um quintal decente?

            Nesse instante, lembro-me das palavras de Margaret Thatcher em que diz: “...O estado não tem outra fonte de recursos, além do dinheiro que as pessoas ganham por sí próprias...” e “...não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos”.

            Está na cara que pagaram essa piscina no vizinho, com o dinheiro que ganhamos. E mais ainda, se foi mais caro do que podíamos, a dívida entrará pelos nossos bolsos, bem no fundo. Agora vem a parte cruel do acordo, há um agente que negociou tudo em segredo e nós nem sequer sabemos os termos desse acordo. Esse agente é representado pelo governo cujo papel de ditador tem exercido brilhantemente dentro de nossa própria casa.

            O Brasil tem vivido, assim por dizer, uma “quase ditadura”, contrabalançada por uma “quase democracia” que desaparece sumariamente dia após dia, enquanto a ditadura toma vulto. Em que acreditar? Bem, em nossa casa precisaríamos exercer nossa capacidade de cuidar dos nossos. Reaver a autoridade de legítimos proprietários, remover o agente pernicioso intermediário, e tomarmos nós mesmos as rédeas de nossos destinos. 

            Quem sabe, sem a mão tirana do estado que hoje nos oprime, possamos projetar nossas posições para cima em rankings mundiais.. quem sabe possamos apagar o estigma do “quase” que nos tem arrastado  por águas tão turbulentas.

Por: Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Grupomoneybr