Tenho lido diariamente as notícias,
das mais diversas fontes, e através dos mais diversos assuntos tenho garimpado
e feito meu próprio filtro do que é importante para determinar a queda desse
governo infame que está aí. Ao longo dos últimos 12 meses observei muito o
comportamento da economia (grosseiramente também dá pra fazer uma ideia, já que
palavras como superavit, swap, ajustes, reserva de câmbio e etc, não estão na
minha lista de uso diário).
Cheguei à conclusão simples de que
“qualquer que seja” o meio usado para tirar do poder a bandidagem, vai passar
pela “quebra da economia”.
Percebi isso olhando um pouco para
trás, pela simples e direta observação do comportamento do povo
brasileiro. Filtrando e analisando os
acontecimentos.
Há quase um ano (foi em 17,18 e 19
de junho/2014), as massas saíam às ruas para protestar por um aumento de R$
00,20 nas tarifas de transporte, sob a repressão estatal promovida em forma de
vandalismo para barrar-lhes o intuito. Eles protestaram pelo que mais lhe doía
nos bolsos naquele instante. Mais de 100mil pessoas protestaram só em São
Paulo.
Naquele então a inflação (em medida
oficial), já encostava o teto da meta (de 6% ao ano), sem contar aquela
inflação real que encontramos nas gôndolas dos supermercados, que já era em
volta de 30% (informação por artigo anterior deste mesmo blog em
http://ossamisakamori.blogspot.com.br/2014/06/brasil-esta-indo-para-buraco.html).
Ora..! segundo dados oficiais do
governo, o Bolsa Família atende mais de 13 milhões de famílias, o Brasil
Carinhoso atende 8,1 milhões de crianças, o Minha Casa Minha Vida, mais de 240
mil famílias, e ainda tem ProUni, Bolsa Pesca, Auxílio Reclusão... e tantas
“benesses” proporcionadas pelo governo (?).
Pois bem, isso está começando a cair
vertiginosamente com a escalada da inflação, o aumento do desemprego e a
pressão nos bolsos do brasileiro. Em linhas gerais, temos um cidadão comum
tendo que pagar 60% a mais só de valor de conta de energia. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo) chegou a 8,13%, maior
alta em 11 anos. Eis aí
o ponto em questão: essa pressão é o que impulsionará a coragem dos brasileiros
de se manifestarem. Só a dor da falta, da necessidade, é que os levará às ruas.
Os meios de tirá-los de lá? As reivindicações? Aí é uma outra coisa.
É uma equação simples: A população
que não se manifestou ainda, é basicamente uma maioria de beneficiários de um
desses programas ou alguma bolsa-qualquer-coisa (que não pretende perder porque
assumiram como direito), sem a mínima informação por instrução correta, e de
alguma maneira em uma “pseudo melhor condição” do que a anterior ao
recebimento. Funciona assim.. “quem nada tem, fica satisfeito com 1 grão” e na
hora que perderem esse grão, arregaçarão as mangas. Imagine esses milhões de
pessoas na rua, protestando pelo que perderam?!?
Por isso a quebra da economia é
crucial, aliada e determinante do sucesso do povo brasileiro na investida
contra o regime infame desse governo. Desafortunadamente, é preciso que as
grandes massas sofram, para se formar um corpo com volume nas manifestações,
capaz de contagiar a todos.
O outro contingente de manifestantes
virá naturalmente, em solidariedade, porque em sua vaidade, não suporta ficar
para trás. É aquele grupo de pessoas que está alheio, porque ainda tem dinheiro
pra ir ao futebol ou gastar no salão de beleza, mas não tarda e estarão nas
ruas, pelo mesmo motivo de falta e dor nos bolsos.
O menor grupo, são os bravos
resistentes, que de uma maneira ou outra, anteviram a desgraça desse governo,
se informaram, são instruídos ou sensatos em suas visões.
Resistimos porque somos coadjuvantes. Levantamos a bandeira porque somos afinal um povo sofrendo diariamente os ataques do inimigo instalado no território nacional. Mas um fato é claro: Tudo passa pela quebra da economia.
Por: Mônica Torres
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Publicado originalmente em: Ossami Sakamori Blogspot