Às vezes, governantes, ao longo do
caminho de sua vida pública, trilham em curvas sinuosas, rumam por
atalhos estranhos para o sucesso, bordejam penhascos e se detém por
tempo demais diante dessas profundezas abismais. A vaidade pode
transformar um homem, e enganá-lo a respeito de si mesmo e de tudo à sua
volta, até transformá-lo em candidato a “deus”. Pode dobrar joelhos ao
vício da usura, aos holofotes do sucesso, aos vultos falsos da
camaradagem.
“Quando se olha muito tempo para um
abismo, o abismo olha para você ” , assim disse Niestzsche. O que quer
que se faça, o que quer que se diga, a falsa democracia mergulhará nesse
abismo sem volta. Está acontecendo agora.
O poder é uma força motriz capaz de
construir heróis e monstros. É capaz de quebrar o mais resistente
intelecto, fazer ruir o mais firme elemento, de tal forma que apenas o
homem de muita fé e muito atento, livre-se de estragos em sua alma.
Nesses últimos anos, estivemos perdidos
em democracias de fachada, processos desviantes, em eterno conflito com a
democracia virtuosa, as elites descuidadas se renderam à sedução do
falso brilho do sucesso, enquanto os excessos e decadência de valores,
formaram monstros, pela negligência, pela vaidade e pelo desejo de
poder. Tivemos a ascensão da usura, do perdularismo, da mentira, da
arrogância e da pretensa onipotência nos governantes e poderosos de
ocasião. Conceitos falsos formataram uma democracia fraudulenta, que
escondeu nada menos que o oportunismo tácito onde os ovos de serpente se
aninharam em partidos ainda vigentes.
Presidentes em grupo, é o que tivemos.
Elegeu-se um títere cujos fios não puderam ficar invisíveis e que
segundo o desejo condensado de uma instituição ilegal e
inconstitucional, subverteu o conceito de pátria, suprimiu a importância
dos valores cívicos, destroçou a honra brasileira, vilipendiou a carta
magna, pisou os exércitos, perverteu os conceitos de família, e como
numa vingança interminável, maculou a pureza das crianças dessa geração,
com uma desconstrução social sem tamanho, onde é difícil mensurar até o
tempo para que se refaça dos danos, o país.
Mas ainda nos perguntamos que coisa estranha é essa chamada poder e até onde ela pode…
De repente, nos enxergamos uns aos outros, nus, de uma vez só, no meio de uma vaga gigantesca.
Os pilares da democracia constitucional,
foram rachados, em nome de uma democracia totalitária e perversa que
conduziu o país, à quebra da sustentação econômica, cultural e
convivencial. No conceito aparente de proteção, sob o disfarce tênue de
provedor da democracia plena, pretendeu sedimentar uma imersão integral
do Estado na vida brasileira, em seu completo conjunto de atividades. Em
outras palavras, exercer plenamente o controle do corpo social em..
“cabeça tronco e membros”.
Ao sopé do vulcão Pompeia foi edificada. E
assim também foi edificada no Brasil, a democracia totalitarista, que
se implantou na oportunidade dos governos de esquerda. Ao sopé do vulcão
Pompeia foi totalmente soterrada, e assim será a postura de ativismo
revolucionário falso e maléfico que tem separado brasileiros, como se
tivéssemos nascido filiados a partidos. A pirâmide dessa ideologia virá
abaixo!
A complexidade da democracia
constitucional favorece a adesão dos cidadãos mais simples ao
assistencialismo proferido nos discursos de esquerda. Para esses
cidadãos, são vozes simples de se entender e promessas bem-vindas. Mas
na prática, os discursos são vãos.
Nossa Pompeia sucumbirá também, ao calor
do processo vulcânico das sessões do congresso. É inevitável, porque foi
construída “no erro”. É culpada!!! Mas não se engane o povo salvo dessa
expiação, porque enquanto não se fizer uma reforma adequada, com leis
fortes, com punições eficazes, conceitualizando adequadamente os crimes
que hoje são considerados menores, tratando os cidadãos com igualdade
perante a lei e praticando uma justiça eficiente onde mesmo os
julgadores são alcançados por ela, o Brasil viverá ainda à sombra da
democracia falsa e perversa em que seus governantes (que são muitos..)
jamais se comprometerão com o pacto constitucional.
Por: Mônica Torres
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