segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Manda quem pode, obedece quem tem juízo

Afinal, quem manda no Brasil?
Governos vêm e vão e a população continua dividida em maioria adormecida e minoria pensante, em cuja preocupação, freme a questão: Quem governa é realmente quem manda?

Uma olhada apenas de leve pela história, é suficiente para se ver que o caos foi sempre o melhor terreno para se desenvolver monstros. Assim acontece nas ditaduras, assim acontece na corrupção.
O que há de inédito no governo atual? A “coletividade”. A colaboração entre os diversos presidentes. 
Não tivemos a clássica transição de um governo para outro, mas, para “outros”.
As instituições nunca estiveram tão fortemente amarradas umas às outras, neste país. Resta-nos saber de que são feitos esses laços… STF, Executivo, Legislativo e adjacências manchadas.

A pequena parcela pensante deste povo, é capaz de jurar desafiando as leis da física, que mais de um corpo ocupa o espaço da presidência, ao mesmo tempo.

A ânsia por mudanças manifestada na população votante, se de um lado representa o legítimo anseio de evolução, é também o nutriente aproveitado nos planos governamentais, para manter a ficha corrida na gaveta e aquele poder tilintante em seu entorno.

A corrupção é a forma mais agressiva de domínio que existe, pois escraviza governos e governantes. Encontra eficácia na prática em rede. Exige conchavos, exige tolerância e subserviência. Está constantemente exigindo espaços, provas de lealdade. Constantemente mede forças, ajusta limites conforme as conveniências pessoais. O medo é a mola motriz.

Os corruptos, ah…, são mesmo intrigantes os nossos empoderados, seus métodos de ocuparem posições em revezamento. Surgem em qualquer tempo e vêm de todo lugar. Como vírus, permanecem latentes, aparentemente inexpressivos, protegidos por políticas sem destaque, até eclodirem nos hiatos sociais e nos invernos mais cinzentos da economia.

Voltando à presidência coletiva, que triste momento brasileiro, este, em que todas as instituições públicas, parecem tão envolvidas umas com as outras, tão fortemente comprometidas com protecionismos que em nada beneficiam o povo e que se fortalecem a cada almoço de conciliação.
Abra os olhos, Brasil!

Há até manifestações de gentilezas, que qualquer um de nós, lúcidos, poderíamos jurar impossíveis de acontecer.
E há quem diga que eles são fracos…
Tão unidos assim (eu sei… a palavra deveria ser ‘mancomunados’), quem pode contra a “presidência coletiva”, não é mesmo?

Se a figura maior de nosso estado, é capaz de levar recados, resta saber… Quem é que manda aqui, afinal?

Por: Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Grupomoneybr