Governos vêm e vão e a população continua dividida em maioria adormecida e minoria pensante, em cuja preocupação, freme a questão: Quem governa é realmente quem manda?
Uma olhada apenas de leve pela história, é
suficiente para se ver que o caos foi sempre o melhor terreno para se
desenvolver monstros. Assim acontece nas ditaduras, assim acontece na
corrupção.
O que há de inédito no governo atual? A
“coletividade”. A colaboração entre os diversos presidentes.
Não tivemos
a clássica transição de um governo para outro, mas, para “outros”.
As instituições nunca estiveram tão
fortemente amarradas umas às outras, neste país. Resta-nos saber de que
são feitos esses laços… STF, Executivo, Legislativo e adjacências
manchadas.
A pequena parcela pensante deste povo, é
capaz de jurar desafiando as leis da física, que mais de um corpo ocupa o
espaço da presidência, ao mesmo tempo.
A ânsia por mudanças manifestada na
população votante, se de um lado representa o legítimo anseio de
evolução, é também o nutriente aproveitado nos planos governamentais,
para manter a ficha corrida na gaveta e aquele poder tilintante em seu
entorno.
A corrupção é a forma mais agressiva de
domínio que existe, pois escraviza governos e governantes. Encontra
eficácia na prática em rede. Exige conchavos, exige tolerância e
subserviência. Está constantemente exigindo espaços, provas de lealdade.
Constantemente mede forças, ajusta limites conforme as conveniências
pessoais. O medo é a mola motriz.
Os corruptos, ah…, são mesmo intrigantes os nossos empoderados, seus métodos de ocuparem posições em revezamento.
Surgem em qualquer tempo e vêm de todo lugar. Como vírus, permanecem
latentes, aparentemente inexpressivos, protegidos por políticas sem
destaque, até eclodirem nos hiatos sociais e nos invernos mais cinzentos
da economia.
Voltando à presidência coletiva, que
triste momento brasileiro, este, em que todas as instituições públicas,
parecem tão envolvidas umas com as outras, tão fortemente comprometidas
com protecionismos que em nada beneficiam o povo e que se fortalecem a
cada almoço de conciliação.
Abra os olhos, Brasil!
Há até manifestações de gentilezas, que qualquer um de nós, lúcidos, poderíamos jurar impossíveis de acontecer.
E há quem diga que eles são fracos…
Tão unidos assim (eu sei… a palavra deveria ser ‘mancomunados’), quem pode contra a “presidência coletiva”, não é mesmo?
Tão unidos assim (eu sei… a palavra deveria ser ‘mancomunados’), quem pode contra a “presidência coletiva”, não é mesmo?
Se a figura maior de nosso estado, é capaz de levar recados, resta saber… Quem é que manda aqui, afinal?
Por: Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Grupomoneybr