Não é mais para hoje, a
luta! Não há mais tempo de se remover o foco populista, totalitário,
socialista, comunista, ou quantas palavras se use para designar o nodo,
por que já é metastático agora.
Não me tomem por pessimista,
que não sou. Tivemos nosso tempo de erradicar esse mal, de mudar curso
da história sem precisar usar capa ou voar. O tempo foi passando, os
gritos deixaram de ecoar, foram se calando, as pessoas dedicadas às suas
atividades diárias, voltaram-se para o cotidiano e não acreditaram em
Lex Luthor, e a Kryptonita nos pegou de jeito. E tem sede com palácio e
tudo. É tão enfeitiçante e poderosa, que ninguém conseguiu tirá-la do
pedestal.
O Brasil é um caso à parte
no mundo. É grande, realmente! É grande o suficiente para “apenas” nos
escandalizarmos com as coisas que vemos na TV, que duram menos de um dia
na pauta de nossa indignação para depois cair no esquecimento. A
tendência da sociedade brasileira é esquecer aquela lama social, tanto
quanto a lama de Mariana será esquecida. Claro que há as exceções, mas
em geral… nunca fomos um povo de lutas.
O que mais me incomoda é
toda uma geração perdida, imersa em desvalores, descendo
vertiginosamente a ladeira rumo ao marasmo e ao caos, sobrevindo com a
falsa democracia deflagrada nos últimos tempos e legalizada nas últimas
eleições. Agora sim, estamos oficialmente sujeitos à força arbitrária e
desproporcional oprimente.
Os sinais sempre estiveram
visíveis. Estiveram sempre lá, em livros, filmes, propagandas,
documentos históricos… por que não vimos? é fato consumado e comprovado
que todas as dominações de povos, por regimes assistencialistas
totalitários, tiveram sua semente na pseudo-democracia que adotamos
agora. É claro como água! Ninguém, vira escravo de livre e espontâneo
conhecimento e desejo. É preciso um aliciamento, uma sedução
irresistível implícita nas promessas de salvação, é preciso um endosso
às queixas, um suporte aos anseios de suplantar as dificuldades sociais,
desenhando soluções que são, nada menos que mentiras, para dar a
sensação de proteção. O apoio à vitimização, o falso socorro às queixas
de fracassos para fazer crer ao mais ingênuo, que suas dificuldades são
culpas de outrem, que suas derrotas são o resultado de sua exclusão do
progresso, por aqueles que os exploram. São sentenças disfarçadas de
consolo sussurrante aos ouvidos mais carentes do homem mais desavisado.
É tudo tão claro… por que
não se contesta de forma eficiente? Onde buscar o remédio eficaz a fim
de se combater esse princípio caótico? Não é fato, que mesmo entre os
animais, a recompensa é dada segundo o mérito individual? Como acreditar
numa ideologia tão insana, levada a termo por homens insanos em épocas
que foram documentadas, discutidas e definitivamente invalidadas pela
sensatez e pela lógica?
Loucos! Estamos todos
loucos, anestesiados pelo canto da sereia… Os números estão estampados
em todas as mídias. Mesmo a mais tendenciosa, a comprada, proclama os
números do caos e dos desmandos aos quatro ventos. E mesmo se assim não
fizessem, ainda teríamos a realidade do desemprego crescente, a
deseducação, o descaso com todas as parcelas sociais, com a saúde, com a
infra estrutura,, com a segurança. Perdemos a honra, a vergonha e a
coragem, se é que já a tivemos algum dia.
Um país, não se categoriza
pela sua fatia mais instruída, mais elitista ou mais rica, se ela for
minoritária, é a “maioria” que o apregoa nos quadros das estatísticas.
Olhe-se para Cuba… para Venezuela, também há ricos por lá. Há elites, há
instrução, mas não é assim que o mundo as vê, porque o que consta nos
relatórios mundiais acerca deles é atraso, carência e opressão,
representados pela “maioria”.
Não se trata de partidos,
mas de ideias que devem ser erradicadas definitivamente da nossa
sociedade, porque delas, somente se aproveitam os malfeitores agora
empossados e investidos do mais legitimo poder, então organizados em
partidos, muitas vezes sem a legitimação genuína da escolha pelo povo.
Trata-se de uma ideologia que tomou conta sorrateiramente, de nossas
escolas, de nossas instituições, de nossas comunidades, de nossa cultura
e de nossas religiões, porque são disseminadas pelo próprio povo. O mal
está ascendente, em profusão. A correnteza da lama de Mariana matou um
rio e uma redondeza, mas quantos de nós morrerão sob o “Tratado da Lama”
vigente… a lama social derramada sobre o Brasil em toda sua extensão?
Por: Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Grupomoneybr