terça-feira, 28 de abril de 2015

A Queda



            Tenho lido diariamente as notícias, das mais diversas fontes, e através dos mais diversos assuntos tenho garimpado e feito meu próprio filtro do que é importante para determinar a queda desse governo infame que está aí. Ao longo dos últimos 12 meses observei muito o comportamento da economia (grosseiramente também dá pra fazer uma ideia, já que palavras como superavit, swap, ajustes, reserva de câmbio e etc, não estão na minha lista de uso diário).

            Cheguei à conclusão simples de que “qualquer que seja” o meio usado para tirar do poder a bandidagem, vai passar pela “quebra da economia”.

            Percebi isso olhando um pouco para trás, pela simples e direta observação do comportamento do povo brasileiro.  Filtrando e analisando os acontecimentos.

            Há quase um ano (foi em 17,18 e 19 de junho/2014), as massas saíam às ruas para protestar por um aumento de R$ 00,20 nas tarifas de transporte, sob a repressão estatal promovida em forma de vandalismo para barrar-lhes o intuito. Eles protestaram pelo que mais lhe doía nos bolsos naquele instante. Mais de 100mil pessoas protestaram só em São Paulo.

            Naquele então a inflação (em medida oficial), já encostava o teto da meta (de 6% ao ano), sem contar aquela inflação real que encontramos nas gôndolas dos supermercados, que já era em volta de 30% (informação por artigo anterior deste  mesmo blog em http://ossamisakamori.blogspot.com.br/2014/06/brasil-esta-indo-para-buraco.html).

            Ora..! segundo dados oficiais do governo, o Bolsa Família atende mais de 13 milhões de famílias, o Brasil Carinhoso atende 8,1 milhões de crianças, o Minha Casa Minha Vida, mais de 240 mil famílias, e ainda tem ProUni, Bolsa Pesca, Auxílio Reclusão... e tantas “benesses” proporcionadas pelo governo (?).

           Pois bem, isso está começando a cair vertiginosamente com a escalada da inflação, o aumento do desemprego e a pressão nos bolsos do brasileiro. Em linhas gerais, temos um cidadão comum tendo que pagar 60% a mais só de valor de conta de energia. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) chegou a 8,13%, maior alta em 11 anos.   Eis aí o ponto em questão: essa pressão é o que impulsionará a coragem dos brasileiros de se manifestarem. Só a dor da falta, da necessidade, é que os levará às ruas. Os meios de tirá-los de lá? As reivindicações? Aí é uma outra coisa.

            É uma equação simples: A população que não se manifestou ainda, é basicamente uma maioria de beneficiários de um desses programas ou alguma bolsa-qualquer-coisa (que não pretende perder porque assumiram como direito), sem a mínima informação por instrução correta, e de alguma maneira em uma “pseudo melhor condição” do que a anterior ao recebimento. Funciona assim.. “quem nada tem, fica satisfeito com 1 grão” e na hora que perderem esse grão, arregaçarão as mangas. Imagine esses milhões de pessoas na rua, protestando pelo que perderam?!?

            Por isso a quebra da economia é crucial, aliada e determinante do sucesso do povo brasileiro na investida contra o regime infame desse governo. Desafortunadamente, é preciso que as grandes massas sofram, para se formar um corpo com volume nas manifestações, capaz de contagiar a todos.

            O outro contingente de manifestantes virá naturalmente, em solidariedade, porque em sua vaidade, não suporta ficar para trás. É aquele grupo de pessoas que está alheio, porque ainda tem dinheiro pra ir ao futebol ou gastar no salão de beleza, mas não tarda e estarão nas ruas, pelo mesmo motivo de falta e dor nos bolsos.

            O menor grupo, são os bravos resistentes, que de uma maneira ou outra, anteviram a desgraça desse governo, se informaram, são instruídos ou sensatos em suas visões. 

            Resistimos porque somos coadjuvantes. Levantamos a bandeira porque somos afinal um povo sofrendo diariamente os ataques do inimigo instalado no território nacional.  Mas um fato é claro: Tudo passa pela quebra da economia.

Por: Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Ossami Sakamori Blogspot

domingo, 19 de abril de 2015

Bandidagem X Ideologia



Foram-se os tempos da conturbada “ideologia’ no Brasil. Os tolos de esquerda festiva e esquerda caviar bem o aproveitaram.  Era status citar um ou outro desses mitológicos fabricantes de sangue Marx, Staling, Lenin, Gramsci, Kruschev e etc.  As gerações entenderam a inutilidade e o mal que essa ideologia espalhava e sobretudo na fase adulta de suas vidas, deixavam subitamente de ser idiotas.

De tempos em tempos a síndrome da idiotice se repete, e como uma pústula resistente, volta a sangrar e espalhar suas células ruins pelo organismo vulnerável do país. “Aparelhamento” era uma palavra morta depois de 64. Mas os resíduos do ódio, infelizmente desprezados pelas forças vencedoras da época, a ressuscitaram.

É claro que uma nação com Síndrome de Genovese, não se move. Uma república sonolenta com muitas fronteiras a vigiar,  tende a se acomodar na sua eterna madorra. E se ela for atrasada na educação, há de se distrair com a programação das grandes mídias, sem sobra de erro.

O problema é que o aparelhamento não é de ideologia coisa alguma. Não são estudantes nem estudiosos de filosofias, história política, etc, os líderes do aparelhamento. Mesmo porque esses não subsistiriam por aqui, na hora em que a nação tirasse os olhos da novela das 8. O Aparelhamento é de cunho criminoso. Classifica-se como “bandidagem” mesmo. Nascida do partidão sob a égide de uma organização bem montada.  Às vezes me pergunto se eles não passaram a perna até no Foro de São Paulo...

Sim, levaram muito a sério a teoria do jeitinho e do oportunismo (essa é cria brasileira e patenteada pelo partidão) e criaram seus vermes dentro dessa doutrina.  Aproveitaram-se dos idiotas remanescentes da “ideologia inútil”, para cultivar nas sombras, as células de estruturas da bandidagem.

Agora, que a bandidagem cresceu, a esquerda ideológica inútil começa a dar sinais de decepção com a cúpula podre e treme diante da crescente verde/amarela nas ruas. Eles armam manifestos, congressos, estratégias de mudança... e tudo só vem endossar o sucesso do movimento. Estão em queda vertiginosa.

Mais um pouco e caem feito fruta podre que são.
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Publicado originalmente em: Ossami Sakamori Blogspot

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Maioridade Penal



Afinal, em que instante na vida, se pode considerar que uma pessoa é responsável pelos seus atos e passível de culpa? Em que instante deixamos de ser crianças no nível inocente absoluto de discernimento entre bem e mal?

Todas as questões abordadas nas discussões sobre maioridade penal me fazem pensar e então eu percebo que o assunto é discutido muito mais em bocas dos mais diversos interesses , do que interesses verdadeiros em uma avaliação da condição humana de cada indivíduo.

E quanto mais penso, mais me convenço que a maioridade penal não deveria ser determinada por uma convenção de lei jurídica, mas a lei jurídica deveria ser determinada por uma lei fisiológica e moral, donde a avaliação apesar de mais complexa,  atenderia perfeitamente aos apelos da realidade.

Ora, sabemos bem que há uma lei pétrea, que as unidades prisionais do nosso país são falhas e estão superlotadas, que as crianças deveriam estar nas escolas e praticando esporte, e que quando marginalizados, suas chances de voltar a cometer delito são grandes e etc.

Os maiores defensores da lei como ela está, proferem os mais acalorados argumentos e lembram que o certo é resolver as questões que estão erradas e as crianças devem continuar sob a proteção da lei até a maioridade de 18 anos. Mas onde está definido na fisiologia e na psicologia, que uma pessoa é “maior” para ser punida apenas quando tem 18 anos, porém é capaz de punir outras pessoas com suas escolhas?  Porque pelo voto de um menor de 18  anos por exemplo, todos os cidadãos serão afetados diretamente.

Deixemos as discussões sobre o ambiente prisional adequado  e sobre a lei pétrea e pensemos apenas na questão “maioridade fisiológica/psicológica”.  Com quantos anos uma pessoa é considerada adulta? Segundo Freud, um ser humano é considerado adulto quando é “capaz de amar e trabalhar”.  Amar no sentido de praticar sexo e reproduzir, trabalhar quando é capaz de realizar um esforço para produzir resultados de provisão. 

Essas coisas acontecem mais ou menos na mesma época, e nós compreendemos que entre uns e outros, chegam em instantes diferentes, mas isso nunca ultrapassa um ou dois anos de diferença.  Estamos cansados de ver homens de 13, 14 e 15 anos no exercício duro do trabalho e no mais frenético despertar sexual também. As leis da fisiologia são ainda mais fáceis de se constatar desde a puberdade.

Então me pergunto: Se um homem é capaz de trazer filhos ao mundo, criá-los e educá-los, realizar um trabalho com o qual se beneficiará dos frutos e prover tudo a uma família, não é natural e aceitável que o tratemos como homem punível desde então?

Deixemos as discussões (são interesses políticos) equivocadas de lado, para nos ater à realidade.  Compreendam que manter a maioridade penal de 18 anos, é hipocrisia e atestado de incompetência daqueles que precisam mudar o que há de errado TAMBÉM, em todas os outros aspectos que usam como argumentos para frustrar as tentativas de redução de maioridade penal.

Por: Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Ossami Sacamori Blogspot