quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Dinheirismo

O dinheiro tem que servir, não governar.” (Papa Francisco).

Vil metal? JAMAIS!!! Agora sim, uma apologia declarada ao capitalismo. E antes que os mais exaltados divirjam sobre o significado delicado da palavra, vamos levá-la ao nível “qualquer um pode entender”: É de “DINHEIRISMO” mesmo, que vamos falar; é do bom e velho “sistema econômico dos lucros”, a melhor prática de recompensa material, inventada pelo ser humano, o passe, o ingresso, a senha, o recurso mais adequado para a realização, para o produto.

É nesta fase mais conturbada da economia brasileira, que brotam as questões importantes sob o ponto de vista mais analítico. É claro que deixaremos de lado a hipocrisia das interpretações críticas das escolas socialistas, levadas a termo pelos seus mentores e sua massa de manobra, e nos ateremos mesmo à visão realista e comprobatória. Em suma.. o 2+2=4 nosso, de cada dia, claro e exato de se entender.

Indiferente às perspectivas de análises diferenciadas entre uns e outros (porque há os que consideram que a “economia mista” é parte integrante desse sistema econômico), o capitalismo não é matéria que pertença a governos, nem mesmo que deles se utilize para sua existência. Eis pois, talvez, a oposição mais significativa, o remédio mais potente e eficaz contra os sistemas políticos retrógrados que têm seu sucesso no controle dos bens alheios. Porque a despeito de sua hipocrisia, os governos totalitaristas se valem muito bem do capitalismo e têm em suas regras, espaço reservado para alguma liberdade concedida aos investidores independentes a fim de que haja uma fonte de ganhos para manter seus projetos mirabolantes de poder. Claro que tudo isso é com a seletividade da escolha deles. Assim nascem as mega comprometidas Fri… da vida.

Há porém dois expoentes a se considerar, no descontrole de todo sistema econômico: Os “excessos” e a “quebra de instituições” de base de uma nação (sociais, jurídicas e culturais). Isso se parece com um país que você conhece? Certamente você parou para conferir na memória, as instituições que consegue se lembrar e os excessos cometidos, e em T-O-D-A-S elas viu esses sinais (de quebra)… inchaço no corpo de servidores, abuso de poder, burocracia, ineficiência, impostos altíssimos, insegurança, inflexibilidade nas leis de trabalho, intransigência, falta de decoro, corrupção, negligência com a atenções básicas sociais e toda sorte de más práticas que degeneram a plenitude de um sistema econômico sadio.

Os países cuja quebra acontece, começam por desonrar compromissos e pactos. A confiança despenca e o nível de competitividade cai, porque esse é proporcional ao nível de confiança e assim se tornam isolados. É bem assim, como numa instituição pequena, onde se pratica a usura e desrespeito ao dinheiro e aos colaboradores econômicos (clientes e fornecedores). Perde-se a credibilidade e com ela vem o ocaso econômico, o declínio, a ruína e a falência. Já sentimos o bafejar desse hálito de fracasso..?

Não há tolos aqui, todos temos visto a olhos nus, ainda que tardiamente, os efeitos desses acontecimentos em nossa terra.

Há um caos tão largamente instalado, uma desordem tão manifesta, tão cuidadosamente instaurada em nossa economia, que não fosse pelo tamanho continental desse país (difícil de controlar, portanto também difícil de quebrá-lo todo de uma só vez), já estaríamos a pedir esmolas, com exceções dos “selecionados” contemplados pelo apadrinhamento público, é claro! Não fosse pelas riquezas naturais (mas que também acabam, não se enganem!) que nos são fartas em todas as regiões aqui pela graça de Deus, já estaríamos pedindo esmolas.

O capitalismo é o sistema econômico em que o Estado é, senão mínimo, …nenhum. O capitalismo, é o sistema onde os meios de se produzir e se alcançar resultados, são “privados” e portanto sagrados. São a garantia de que todo homem trabalhador se diferenciará de outro, produzindo para si conforme seu mérito e talento. Isso é justo!

Mas eu não vim aqui pra mostrar o óbvio (a que o poder atual nos está submetendo), nem mostrar os estragos que já conhecem de todo e que seria difícil enumerar, de tantos que são…, mas para trazer à tona “o implícito” e convidá-los a pensar, a se perguntarem e se responderem… “a quem interessa a quebra da economia de um país.. e para que de fato ela é necessária ?

Por Mônica Torres
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Publicado originalmente em: Grupomoneybr